NUNO CARDOSO ⁄ AO CABO TEATRO
⁄
Timão de Atenas
⁄
Estreia / Coprodução
Abril
2018
Sex
13
Sáb
14
Sinopse
Na sua corrosiva visão da loucura humana, Timão de Atenas assemelha-se a Coriolano pelo desencanto na constatação da prevalência da futilidade comodenominador comum da vida. Ontem como hoje, conflitos políticos terminam em impasses ou na vitória dos oportunistas; a população e seus líderes são instáveis e medrosos; a virtude cede ao interesse. O retrato que Shakespeare faz de nós em “Timão de Atenas” é surpreendente na sua contemporaneidade. Na acuidade da reflexão e critica da natureza política e social da humanidade, por mais globalizada e digitalmente comprimida que esteja. No sarcasmo edesanimo para com a absurdidade trágica da vida. Neste sentido esta peça permanece sombria e desalentadora até o final, constituindo um severo retrato da vilania humana e da corrupção. A ganância humana, com a qual Timão de Atenas está tão ocupada, presta-se ao olhar contemporâneo, pela sua absoluta presença no nosso quotidiano. O que é depressivo na ganância é sua insidiosa normalidade A avareza não parece ordinariamente aterrorizadora, ela é só desagradável, ridícula e incrivelmente tenaz. Por isso, não é de estranhar que os personagens nesta peça, tal como num reality-show, são praticamente todos tipos ou abstrações sociais, despersonalizados e distantes. Não há vilões apenas fracos e tolos.
Com direção artística de Nuno Cardoso, a companhia Ao Cabo Teatro busca sistematicamente nos repertórios clássico e contemporâneo a matéria poética que alimenta uma ideia de teatro como máquina de interpretação e reescrita do presente. A cada novo projeto, mobiliza uma equipa coerente no exercício de um modelo de criação que constrói universos significantes através do enfrentamento contínuo de saberes e linguagens teatrais. Nos últimos anos, visitou recorrentemente a obra de Tchékhov (Platónov, 2008; A Gaivota; 2010; As Três Irmãs, 2011) e a de Shakespeare (Ricardo II, 2007; Medida por Medida, 2012; Coriolano, 2014) e viajou por Tennessee Williams (Jardim Zoológico de Cristal, 2009), Eugene O'Neill (Desejo sob os Ulmeiros, 2011), Friedrich Dürrenmatt (A Visita da Velha Senhora, 2013), Sófocles (Ájax, 2014), Lars Norén (Demónios, 2014) e Jean Racine (Britânico, 2015).
Nuno Cardoso iniciou o seu percurso teatral no CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. De 1998 a 2003, foi diretor artístico do ANCA. No TNSJ, assumiu a direção artística do Teatro Carlos Alberto entre 2003 e 2007. Como criador residente no TNSJ encenou "Pas-de-Cinq + 1", de Mauricio Kagel (1999), "O Despertar da Primavera", de Frank Wedekind (2004), "Woyzeck", de Georg Büchner (2005), e "Plasticina", de Vassili Sigarev (2006). O seu percurso inclui ainda as encenações de "Ricardo II", de William Shakespeare (TNDM II,2007), "R2", a partir de Shakespeare "Boneca", a partir de Henrik Ibsen (Cassiopeia, CCVF/TNDM II/Theatro Circo, 2007), "entre outros. Para a Ao Cabo Teatro encenou "Antes dos Lagartos", de Pedro Eiras (2001), "Purificados", de Sarah Kane (2002), "Medida por Medida", de William Shakespeare (2012), "Porto S. Bento", criação coletiva (2012), "A Visita da Velha Senhora", de Friedrich Dürrenmatt (2013), "Class Enemy", de Nigel Williams (2013), "Coriolano", de William Shakespeare (2014), "Demónios", de Lars Norén (2014), "Britânico", de Jean Racine, e "Arquipélago", criação colectiva. Assume desde 2002 a direção artística do Ao Cabo Teatro.
— Nuno Cardoso / Ao Cabo Teatro
Com direção artística de Nuno Cardoso, a companhia Ao Cabo Teatro busca sistematicamente nos repertórios clássico e contemporâneo a matéria poética que alimenta uma ideia de teatro como máquina de interpretação e reescrita do presente. A cada novo projeto, mobiliza uma equipa coerente no exercício de um modelo de criação que constrói universos significantes através do enfrentamento contínuo de saberes e linguagens teatrais. Nos últimos anos, visitou recorrentemente a obra de Tchékhov (Platónov, 2008; A Gaivota; 2010; As Três Irmãs, 2011) e a de Shakespeare (Ricardo II, 2007; Medida por Medida, 2012; Coriolano, 2014) e viajou por Tennessee Williams (Jardim Zoológico de Cristal, 2009), Eugene O'Neill (Desejo sob os Ulmeiros, 2011), Friedrich Dürrenmatt (A Visita da Velha Senhora, 2013), Sófocles (Ájax, 2014), Lars Norén (Demónios, 2014) e Jean Racine (Britânico, 2015).
Nuno Cardoso iniciou o seu percurso teatral no CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. De 1998 a 2003, foi diretor artístico do ANCA. No TNSJ, assumiu a direção artística do Teatro Carlos Alberto entre 2003 e 2007. Como criador residente no TNSJ encenou "Pas-de-Cinq + 1", de Mauricio Kagel (1999), "O Despertar da Primavera", de Frank Wedekind (2004), "Woyzeck", de Georg Büchner (2005), e "Plasticina", de Vassili Sigarev (2006). O seu percurso inclui ainda as encenações de "Ricardo II", de William Shakespeare (TNDM II,2007), "R2", a partir de Shakespeare "Boneca", a partir de Henrik Ibsen (Cassiopeia, CCVF/TNDM II/Theatro Circo, 2007), "entre outros. Para a Ao Cabo Teatro encenou "Antes dos Lagartos", de Pedro Eiras (2001), "Purificados", de Sarah Kane (2002), "Medida por Medida", de William Shakespeare (2012), "Porto S. Bento", criação coletiva (2012), "A Visita da Velha Senhora", de Friedrich Dürrenmatt (2013), "Class Enemy", de Nigel Williams (2013), "Coriolano", de William Shakespeare (2014), "Demónios", de Lars Norén (2014), "Britânico", de Jean Racine, e "Arquipélago", criação colectiva. Assume desde 2002 a direção artística do Ao Cabo Teatro.
Informação adicional
- 7,50EUR • M/16
Texto biografia autores
Ficha técnica
- Encenação Nuno Cardoso
Tradução Fernando Villas-Boas
Elenco Afonso Santos, António Parra, João Melo, Joana Carvalho, Luís Araújo, Margarida Carvalho, Mário Santos, Miguel Loureiro, Pedro Frias, Rodrigo Santos e Sérgio Sá Cunha
Assistência de Encenação Mafalda Lencastre
Cenografia F Ribeiro
Desenho de som e Sonoplastia Pedro Lima
Técnico de Luz / Montagem João Teixeira
Figurinos Fernando Nunes, Nelson Vieira
Produção Marca de Água / Aan Carvalho, Inês Lima e Sandra Carneiro
Coprodução Teatro Municipal do Porto, Ao Cabo Teatro, Centro Cultural Vila-flor, São Luís Teatro Municipal, Teatro Aveirense
Apoios Valadares, Elis, Murganheira, Silampos, Teatro Nacional de São João
Duração aprox. 2h20 com intervalo
Ao Cabo Teatro é uma estrutura financiada pela República Portuguesa / Ministério da Cultura/ Direcção-Geral das Artes